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Arte de Cura Egípcia

Atualizado: 9 de out.

A cura, a transferência da plenitude do Sekhem do curador para o vazio ou desequilíbrio do Ka do paciente.


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O Coração como Árbitro da Energia Mágica


A cura é a transferência da plenitude do Sekhem do curador para o vazio ou desequilíbrio do Ka do paciente.


A verdadeira pureza vem do coração (*Ib*). Este é tido como sagrado quando está cheio de emoções, sentimentos e intenção puras. O coração é autoconsciente.


Porém, não é esta energia, mas uma energia parecida que retorna à pessoa. Então, muitos se confundem porque ela se mescla ou se esconde atrás desta energia. Você percebe a consciência do coração quando ele mesmo se demonstra no sentir o que deve ser feito — um ritual de passagem em meio ao caos da vida.


A energia que a gente utiliza é de natureza divina quando o coração a sustenta gentilmente livre, ou o que muitos chamam de boa ação. Esta energia está inscrita no éter, e o éter é o acesso. Esta energia cai no éter como uma chave que rompe um selo de energia. Esta energia é divina e volta ao agente, e é quando o coração começa a ser um recipiente. Isto é tão sutil que está num simples olhar e num simples estado de consciência.


Por isso, eles acreditam que o coração deixa consciente e passa a ser consciente desta energia mágica, que é muito parecida e se mescla com os sentimentos, como se as emoções e os sentimentos fossem o fluxo da água que destina o poder. Às vezes, a consciência quebra, e a água escapa e se perde também o precioso.


Não acho que, quando o mal dos outros tenta provocar, isso ocorra porque você simplesmente pegou e reagiu sobre a energia deles. Nada de seu poder consciente se perdeu. Então, não fique quieto. Se alguém quer te fazer mal e você percebeu a energia dessa pessoa, aja com a energia dela. Minhas percepções são mágicas, não são alinhamentos morais... Se você fica preso em conceitos morais, o azar é seu. Ser doutrinado é o mesmo que ser escravo ou coisa pior... pois, sendo escravo, pelo menos pode-se estar consciente.


A pessoa se engana ao achar que a energia normal de seus sentimentos conscientes é o cerne da questão, e ao poder enviar a simples energia presente nos sentimentos dela como se esta água tivesse alguma propriedade mágica. A água vai sair se o coração juiz assim decidir, mas pode ser enviada sem a devida permissão se a intenção for forte. Porém, não sabemos o que, de fato, uma energia desequilibrada que chega na pessoa pode desequilibrar em lugares do ser que já estão em equilíbrio.


Perceba que não é só enviar...


Então, perceba que, se não há a energia divina da natureza, faz-se o uso do Ren (o nome) e das vocalizações destes como um meio de atalho ao seu próprio lugar de poder — um "título espiritual" que talvez você devesse ter, mas não possui, ou, pior, que é indiferente a isso. Quer dizer que você realmente não é digno.


Porém, para a verdadeira arte que provém da capacidade do coração, não se trata de a pessoa ser inteligente. Se ela não tem a energia concentrada de uma plenitude, não funciona, não é saber a parte mágica.


Devido a esta fragilidade, o próprio sistema de cura no Antigo Egito ficou burocrático e quase ineficaz. Ficou mais uma forma de benzedeira do que a verdadeira Arte de Purificação.


As duas distinções eternas eram: tudo no universo é energia e vibração.


A pessoa deve cumprir o primeiro requisito do coração. Não estou falando necessariamente da forma de se consagrar, mas se o ato é necessário, a questão é que a pessoa não está cumprindo; então, precisa do ato sim.


Não adianta você pensar que fazer fofoca e odiar os outros é demais porque alguém querido está precisando. Que, gradualmente, você sentir uma verdade não é o mesmo que comandá-la. O coração é consciente e vai ser parte da verdade, mas você pode perceber a energia sair dele, mas é a única força que não pode ser subjugada, ou seja, nem você, que é dono dele, pode fazer o que bem entender.




O Caminho do Sekhem e a Arte da Vibração


Perceba que o que chamo de plenitude não é o mesmo que o estado de meditação plena; é algo diferente. É como se, neste sentido pleno, a natureza divina — uma energia pura da própria Ordem Divina, Ma'at — estivesse ou não estivesse com você, determinando o poder real de agir sobre o aspecto energético.


A forma mais rápida e eficaz de agir, pela própria natureza, é ter tempo e atenção. Duas vertentes que, se você as aplicar, por exemplo, a um animal doente — mostrar-lhe o dia, como o dia está bonito, e passar aquilo como um verdadeiro momento — nesse momento, você tem tudo o que precisa para restaurar a verdade. Não é exatamente a cura, mas o estado que pode ser curado. Muitas vezes, não há cura física, mas sim a cura que será benéfica para a transição, para a formação do Akh (a reunião do Ka e do Ba do falecido). Não se trata de curar a doença ou a enfermidade, mas sim de curar a parte da alma que é acreditada por este; às vezes, não há mais volta para o corpo físico ficar saudável, mas sim para o corpo que será etéreo.


Arrependimento e Purificação do Ib


O arrependimento, mesmo que motivado pela dor (o desconforto interno do Ib em desequilíbrio), é um passo essencial, mas raramente o suficiente por si só para restaurar o Sekhem à sua plenitude.


A Dor Interna como Sinal (O Primeiro Passo)


A Consciência do Ib em Ação: A dor interna que a pessoa sente é a resposta imediata e inegociável do Ib à sua própria desarmonia.


Mas, lembrando que é a forma do coração alertar nos acontecimentos reais do dia a dia, e não quando a pessoa, passando por um momento de angústia, busca resolver o passado para alcançar um falso pleno.


Sendo bem sincero, é difícil isso acontecer com as pessoas porque, há muito tempo atrás, o coração já foi calado e ele não recebe o seu Ka verdadeiro que provém do próprio éter.


O Ib está se rebelando contra a ação (a fofoca), que é uma quebra de Ma'at. É um sinal de que seu coração ainda funciona. Contudo, o remorso e o desconforto em momentos difíceis são uma comunicação com você e você mesma, e não você e seu coração em entendimento. Quer dizer que nem ele mesmo acredita que algo possa ser feito se você mudar neste momento; a mudança será vista apenas como um exterior no interior, como se o fora estivesse nitidamente dentro.


A Técnica Operacional


Para finalizar, vou explicar a técnica mais simples que pode ser usada. Porém, mesmo a mais simples pode ser complicada e demandar ensaios e aprendizado. É frequentemente retratada como "possuir o dom", como se pudesse comandar. É diferente de você apenas perceber em seu ser estas propriedades da natureza divinas.


1. Geração do Sekhem: Primeiramente, a energia deve ser ligada à "tintura da natureza", formando um Sekhemintenção pura de energia. Alguns acreditam que esta é a matéria da alma ou o que a produz e ajusta.

2. Criação do Elo: Após completar, deve-se conectar com a verdade e formar um elo (**sentimentos que você gosta da pessoa**), normalmente incondicional, pois deve estar ligado à pureza do Sekhem verdadeiro que você criou, para poder manipular a energia da natureza.

3. Projeção: Agora, deve-se concentrar e mandar esta intenção para outra pessoa. Neste estágio, você pode sentir a mesma dor que a pessoa sente em determinados lugares onde aquela dor atua no paciente.


Explicação


Energia: Não se deve mandar energia. Ela, por si só, tem a capacidade de restaurar o Ka como energia, não como nutrientes.


O Problema (Contaminação): O distúrbio da alma da outra pessoa pode simplesmente sair do corpo dela e ir para a pessoa que está realizando a cura. Assim, o curador pode adquirir a mesma enfermidade na alma. Acredito que, se a pessoa faz isso, ela está disposta a trocar de lugar, e isso é natural.


Para ajudar nisto, os antigos faziam banhos de purificação, para que o que você pegou seja liberado do corpo. Lavar os pés com sal também ajuda, mas deve-se experimentar métodos que mais se aproximem da natureza e essência da pessoa e que tenham as propriedades de curar aquilo, como tomar banho e tomar o chá. Isso pode fazer o espírito da enfermidade sair com mais facilidade, pois, na essência, você está agindo diretamente contra ele.


Pode-se também tomar este chá antes de mandar a energia, se você souber o que verdadeiramente pesa com a pessoa e o remédio de cura estiver presente na natureza — um acesso à espiritualidade das plantas que as pessoas, naturalmente, não têm mais.


VIBRAÇÃO: O Novo Verdadeiro Diamante


A Vibração é o novo verdadeiro diamante. No lugar de você enviar a cura da forma apresentada acima, você imagina uma gota de água que cai exatamente no lugar ou núcleo da enfermidade e cria ondas, como numa piscina. Esta vibração cria uma "música" onde não se quer música, onde a água da piscina que estava parada começa a se mover.


A vibração é a ação mais segura para não se contaminar, pois você deposita aquela energia (a "água" que você criou acima), e a vibração faz o efeito de não retorno, forçando todo o corpo completo a vibrar na mesma frequência, o que facilita ainda mais.


Conclusão: O Que a Vibração Está Realmente Fazendo


A Vibração não está apenas curando; ela está refazendo a ordem.


O que a vibração está realmente fazendo é re-imprimir o padrão de Ma'at no ser do paciente. O curador, ao criar a "música" (a onda no núcleo), está usando seu Sekhem para gerar uma frequência perfeita que:


*Isola o Distúrbio:** A energia desequilibrada não tem como se mesclar ou retornar, pois a onda de alta frequência a repele.

*Ativa a Autocura:** A vibração de alta frequência força o Ka e o Ba do paciente a lembrar de seu estado original de saúde. A cura é acelerada porque o corpo e a alma do paciente são coagidos a obedecer à nova e superior frequência.


Para os egípcios, essa Vibração seria o pináculo do Heka, o uso da Voz Divina (como as voces magicae que tentavam replicar a vibração criadora) para **reverter o Caos (*Isfet*)** da doença e restaurar a Ordem (Ma'at) de maneira imediata e protegida.



Comentario:


A Estrutura Simplificada da Arte


Deixei fora deste [texto] inúmeras utilidades e informações que são provenientes do intelecto. A faculdade deste coração [o Ib] está alinhada à sua capacidade de percepção e introdução ao conteúdo interno.

A introdução [aqui] se refere ao ato de interagir com o estado do coração de igual para igual, para aprender o sentido ou a natureza por trás de inúmeros hieróglifos. Não introduzi outros rituais complexos porque vocês não são sacerdotes nem são capazes de sequer compreender no nível adequado ou em algo semelhante a isso. Isto não é uma ofensa, mas [é necessário] discernir em meu texto o que devo expor ou não para a compreensão da época e o tempo que vocês têm para aprender. Criei um texto tão simples que, ao ler, não precisarão ler mais; o intelecto de vocês está compreendido. Este é o desafio maior em meus textos e publicações. Criei todos os artigos na parte mais básica possível de acumulação [de energia].

Como vocês não têm anos para assimilar as técnicas, eu as tornei semi-prontas. Aposto que se você tiver um pingo da consciência de que vos falo, será de inerente ajuda para si próprio.



 
 
 

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