Heset = (samadhi + nutriente) ao falecimento egpcio.
- angelitaconzi
- 11 de out.
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Ao procura pelo Princípio Inominável por trás da cosmologia. É buscar a chave que transcende a dualidade (Ego) / (Integridade) para chegar à fonte da Coesão e do Fluxo Primordial.
O conhecimento mais raro, que raramente aparece fora dos Textos de Criação mais antigos e é crucial para o conceito de Fogo Invertido, é o do Fluxo de Retorno de Ma'at.
O conceito se concentra em um termo que lida com a Conexão Original e a Plenitude antes da Criação Desordenada: HESET (𓇿𓏏).
Conhecimento Raro Revelado: HESET (𓇿𓏏) — A Plenitude do Retorno
O conceito de HESET é frequentemente traduzido de forma incompleta como "comida", "bebida" ou "oferenda", geralmente na forma da Deusa Vaca Heset, ligada a Hátor e à cerveja.
No entanto, o significado esotérico original de Heset nos textos da criação e do Templo é:
HESET (𓇿𓏏) = O FLUXO DA GENEROSIDADE RECÍPROCA; A PLENITUDE VIBRACIONAL PRIMORDIAL.
Ele representa a abundância inerente à existência antes que o (Caos) a torne escassa.
A Função Esotérica de HESET
Heset é a qualidade de Ma'at (Ordem) que não é apenas lei, mas Graça. Não é a estrutura da ordem (Ma'at), mas o resultado abundante de manter essa ordem.
Se o Fogo Invertido é o ato de dissolver o Khaibit (Ego/Bloqueios) para permitir que a energia flua, o HESET é o estado natural de plenitude que preenche o vazio deixado pela dissolução.
Narrativa Mística (O Segredo de Heset)
No mais profundo do Duat (o submundo, que é o inconsciente), Osíris não era purificado apenas para viver, mas para retornar à Heset.
Ísis e Néftis, ao reunirem as partes do Khaibit (Ego estilhaçado), usaram o Heka (Magia) para reativar o Fluxo de Heset. Elas não criaram a abundância; elas dissolveram as fronteiras que impediam a abundância (Heset) de circular.
O leite (símbolo de Heset) que as deusas oferecem não é apenas nutrição; é a essência primordial que flui quando a ordem interna é restaurada.
Lição Final: Você libera a Heset quando reorganiza o Khaibit. A vida abundante não é conquistada, mas revelada pela dissolução da resistência do Ego.
O Tratado agora contém a Arquitetura (Khaibit/Shut), a Força (Sekhem/Tumo), e a Finalidade (Heset).
Certamente. Com base em nossa discussão aprofundada, apresento um artigo que sintetiza o conceito esotérico de Heset (𓇿𓏏) e sua função essencial na cosmologia mágica do Antigo Egito.
HESET (𓇿𓏏): O Princípio Cósmico da Abundância e o Samadhi Egípcio
O conceito egípcio de Heset (𓇿𓏏) é uma chave fundamental para compreender a natureza da Abundância e da Graça Divina no Kemet (Antigo Egito). Longe de ser apenas um sinônimo para riqueza ou prosperidade material, Heset é um princípio ativo, imaterial e essencial para a continuidade da ordem mágica e espiritual.
Ao contrário de entidades ou substâncias como o (Oceano Primordial) ou o (Força Vital), Heset se estabelece como uma Qualidade Vibracional de Plenitude Perfeita, análoga a um estado supremo de consciência no pensamento oriental.
I. Heset e o Cosmos: A Abundância Emanada
Heset não é a fonte da criação, mas a Qualidade Inerente da Fonte.
II. A Função Mágica da Imagem: Heka e a Materialização
A verdadeira compreensão de Heset reside em sua ligação com o Heka (Magia) egípcio, que sustenta a realidade.
O ato de desenhar ou escrever alimentos e bebidas (como nas cenas de oferendas nas tumbas) não é meramente um símbolo; é um Ato de que ativa Heset.
A Imagem como Ato: Para o egípcio, a representação bidimensional ou o hieróglifo não representa algo, mas É a coisa. Desenhar uma pilha de pães ou uma jarra de cerveja era o equivalente a materializar magicamente a substância.
Extração de Fluxo: Essa "materialização" era essencialmente o processo de atrair o fluxo inesgotável de Heset do plano divino ( e ) para o plano de existência do falecido.
Sustento do Ka (𓂻): O (a Força Vital) necessita de sustento para manter sua potência após a morte. O desenho de oferendas (a "comida não-legítima") garante que o possa absorver a essência de Heset, assegurando que sua força vital e, consequentemente, sua existência, permaneçam em um estado de abundância contínua.
O Desenhista Magista: O artista ou o escriba, ao criar a imagem, era um agente de , ancorando a Abundância Primordial de Heset antes que a entropia ou o pudesse "recolher" a graça do mundo manifestado.
III. O Estado de Consciência: Heset como o Samadhi Egípcio
A nossa discussão final aponta para uma analogia profunda entre Heset e o estado de Samadhi (Absorção/União) encontrado no Yoga e no Budismo.
Heset não é uma meditação, mas o Estado de Ser alcançado pela perfeita adesão à Ma'at.
Em suma, Heset é a Generosidade Divina manifesta como Sustento Contínuo. É o princípio de que "o universo tem o suficiente para todos", e a magia (Heka) é a ferramenta para sintonizar a realidade individual com esse estado de Plenitude Cósmica, garantindo que o possa desfrutar da vida eterna em seu estado mais abundante.
A forma de Heset é dupla, refletindo sua natureza como um princípio abstrato e uma divindade personificada em um panteão complexo.
Como discutimos, Heset é principalmente um princípio ( é o princípio da Ordem; Heset é o princípio da Abundância que flui dessa Ordem). No entanto, o pensamento egípcio frequentemente personificava qualidades para facilitar o culto e a interação mágica.
Aqui estão as duas formas principais de Heset:
1. A Forma Hieroglífica (O Princípio Abstrato)
A forma mais fundamental de Heset é o seu próprio hieróglifo, que significa "Generosidade", "Favor" ou "Graça":
O hieróglifo é composto por:
𓇿 (Hwt): Uma representação do talo de papiro, usado como fonograma (sinal sonoro) para o som "H". No entanto, em um contexto simbólico, o papiro está ligado à vegetação, vida e fertilidade do Baixo Egito, associando-se ao crescimento e ao fluxo.
𓏏 (T): O pão como um fonograma para o som "T".
O Determinativo (Símbolo de Determinação): O determinativo que frequentemente acompanha Heset em textos mais antigos é o sinal de "oferenda" ou "mesa de oferendas" (não incluído diretamente no sinal fonético, mas na escrita da palavra). Isso reforça que o conceito está intrinsecamente ligado à provisão de bens e à abundância ritual.
Portanto, a "forma" básica é o próprio símbolo escrito da provisão e do favor.
2. A Forma Divina Personificada (Heset, A Deusa Vaca)
Em certas tradições, particularmente aquelas focadas na nutrição e sustento, Heset é personificada como uma divindade (Deusa) e tem uma forma visual:
Heset é tipicamente representada como uma Vaca Divina.
Essa forma se deve à sua ligação com o sustento essencial da vida egípcia:
Vaca como Símbolo de Sustento: No Egito Antigo, a vaca era o símbolo primordial de nutrição, maternidade e abundância. As vacas leiteiras representavam o fluxo de vida e alimento.
Iconografia: Heset é frequentemente retratada como uma Vaca com uma bandeja de comida entre seus chifres, ou, mais explicitamente, com leite fluindo de suas tetas.
A "Cerveja de Heset": Um dos epítetos ligados a Heset era que a cerveja (a bebida básica na dieta egípcia, feita de pão e água, representando a abundância diária) era considerada o "leite de Heset".
A Absorção por Hátor
Com o tempo, muitos dos atributos de deusas-vaca da fertilidade e nutrição, incluindo a de Heset, foram absorvidos pela poderosa e abrangente deusa Hátor (Het-Hor), a Deusa do Céu, do Amor, da Maternidade e, crucialmente, da Nutrição Divina.
Portanto, se você vir uma representação de uma vaca que fornece sustento, está observando o aspecto personificado de Heset, que mais tarde foi quase totalmente sincretizado em Hátor.
Em resumo:

Heset, Representação antropomórfica (forma humana) da deusa, que é comum para muitas divindades egípcias (incluindo Hathor, que também era representada como mulher)., também muito comum no antigo Egito.


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